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Esse alerta é de Norival de Almeida Silva, presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (FETRABENS). Mas tem o aval de todos que atuam no setor transporte, de modo especial com a indicação de que os mais jovens não querem assumir a profissão.
José Amaral Filho, superintendente de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), chamou atenção para a situação que um País tão dependente do transporte rodoviário pode enfrentar nos próximos anos, especialmente no transporte de grãos. “O Brasil vem batendo recorde atrás de recorde. Só que não vem acontecendo da mesma forma a expansão dos profissionais da categoria de transporte.”
Há desafios que afugentam os motoristras brasileiros. E a pesquisa apontou
que o caminhoneiro autônomo brasileiro é homem em 99% dos casos, tem
idade média de 46 anos, está há 17 anos na profissão, trabalha 12 horas
por dia e ganha R$ 39,50 por hora trabalhada, pouco cuida da saúde e
muitas vezes faz uso de remédios e outras drogas para ficar acordado por mais tempo.
Levantamento (maio de 2024) feito pela AGP Pesquisas, foi apresentado (240813) na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. Entrevistou 1006 profissionais em todas as regiões do Brasil, em pontos de concentração, postos de combustíveis, paradas de descanso e áreas portuárias.
Alan Medeiros, assessor da CNTA , que apresentou os dados, chamou atenção para o envelhecimento da categoria, a insegurança nas estradas, a necessidade de ofertar paradas para descanso e exames toxicológicos gratuitos, além de linhas de crédito para a renovação da frota de caminhões.
“Quase metade dos caminhoneiros acredita que nunca há, por parte do governo federal, ações de fato para incentivar a categoria a permanecer na estrada”, afirmou Alan Medeiros. “Sobre se ele quer permanecer ou não na profissão, 46% dizem que sim, mas 54% pensam em sair. E aí, os senhores imaginam, os profissionais já estão envelhecendo, a média é de 46 anos, não querem ficar na profissão, os jovens são poucos; qual vai ser o futuro do transporte rodoviário de cargas no nosso País?”
Estima-se que no Brasil cerca de 1,9 milhão de pessoas trabalhem no transporte de cargas.
Condições melhores
Diumar Bueno, presidente da CNTA, também defendeu
que se deem condições para o caminhoneiro: um
ganho razoável, segurança, renovação da frota e
frete direto sem empresas intermediadoras.
Bueno falou assim: “Não é para bater de frente com as transportadoras. O que a gente precisa é qualificar melhor os caminhoneiros”, defendeu Bueno. “Hoje eles são altamente explorados pelos atravessadores, agenciadores de carga, empresas registradas que não têm um caminhão, se valem só do autônomo.”
O deputado Zé Trovão (PL-SC), que sugeriu o debate, acredita que, para perpetuar a profissão, é preciso aumentar recursos e melhorar a qualidade das estradas brasileiras. Afirmou que “o próprio caminhoneiro que está lá no asfalto só pensa em cumprir horário, encontrar um lugar bom para dormir e um lugar barato para abastecer. Nós somos responsáveis por dar a ele aquilo que ele não consegue enxergar diante de seus olhos.”
A valorização do caminhoneiro foi defendida ainda pelo deputado Marco Brasil (PP-PR). “Eu sei da solidão, eu sei da luta; abandonar os familiares; são loucos pra voltar pra casa. Essa profissão tem que ser valorizada.”
Governo
Representantes do governo federal, disseram que muitos dos dados apresentados na comissão, coincidem com informações do próprio governo.
Já o coordenador-geral de Operação Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Leonardo Rodrigues, abordou a instalação dos pontos de parada e descanso nas rodovias federais. Devido à falta de recursos, esse assunto é um desafio.
“Não é simplesmente disponibilizar um espaço. Tem que discutir política de higiene e segurança dos trabalhadores”, observou Leonardo. Lembrou que hoje há 94 pontos credenciados pelo DNIT na malha federal "o que ainda é pouco. Há questões orçamentárias que impedem avanços."
Pesquisa quer identificar situação dos caminhoneiros do Brasil
240813 - 18:50 horas
Idade dos profissionais e dos caminhões, tempo de profissão, remuneração, jornada de trabalho, pontos de parada e descanso nas rodovias, percepção sobre cumprimento de leis, condição de saúde, segurança nas estradas. Essas são respostas que está procurando a Confederação Nacional dos Trabalhadores Autônomos (CNTA), com a pesquisa com 1000 motoristas originários de todas as regiões do Brasil. Objetivo é identificar como estão esses trabalhadores que tem significado para o desenvolvimento.
Para estimular que caminhoneiros participem da pesquisa, o deputado Zé Trovão (PL-SC) foi atendido com a realização (240813) de audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.
Com os dados que serão apurados, será identificado o perfil do caminhoneiro autônomo e encontrados argumentos que justifiquem a urgência de políticas públicas de qualificação da atividade.
Trovão explica que a Confederação aplica questionário para obter informações sobre
a idade dos profissionais e dos caminhões, tempo de profissão, remuneração,
jornada de trabalho, pontos de parada e descanso nas rodovias,
percepção sobre cumprimento de leis, saúde, segurança nas estradas.
"A proposta da audiência pública é expor esses dados e discuti-los com representantes da categoria, do governo federal e de órgãos que atuam no segmento do transporte rodoviário de cargas", afirma Zé Trovão. "O objetivo é envolver esses atores na busca por melhores condições de trabalho diante dos resultados evidenciados pela pesquisa."
Fonte: CNTA e Agência Câmara de Notícias
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